quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ana armada

Ana aprendeu a odiar armaduras
A vida inteira ela tinha vestido a sua
Tão áspera, tão pesada, e dura

Era ali dentro que ela se escondia, guardava todos os seus segredos
Só ali que ela vivia e reprimia os seus desejos
Rasgava suas páginas, mascarava os seus medos

A fazia se sentir protegida
Do mundo, da dor, da vida.
Quanta coisa deixou passar por não saber como sentia

Ana aprendeu a odiar armaduras...
Tudo mudou
Depois da mais poderosa das lutas

Ondas sonoras gloriosas vieram guerrear
Ela preparou seu escudo e sua espada enferrujada
Que ainda não tinha aprendido a manusear

Ondas sonoras vitoriosas começavam a quebrar
Pedaços e cacos de armadura
Ana foi se mostrando devagar

Ondas sonoras calorosas envolveram seu coração
E nada foi tão forte e diferente
Do que aquela sensação

Pela primeira vez em sua vida
Ana era livre
Uma verdadeira guerreira destemida

Ana aprendeu a odiar armaduras
Lutando agora de peito limpo
Corajosa, intensa e pura.

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