domingo, 14 de novembro de 2010

Dura entrega

Eu, todas as noites, escrevia poemas em minha cabeça enquanto olhava o passado brilhando no céu. Sentia o vento fresco nos meus cabelos e nos meus pulmões. A sensação era de unidade universal. Uma paz que tomava conta de tudo, sensação de equilíbrio, tinha gosto de vida.
Nada era impossível. Os caminhos se ofereciam diante de mim. Eu não tinha medo de nada.

Ontem eu acordei atrasada para mais um dia igual ao de hoje e de meses atrás. O passado continuava a brilhar no céu noturno, me convidando para me contar suas maravilhas, mas estou cansada demais para levantar da cama.
Hoje escrevo poemas no papel mesmo, e acho isso uma coisa boa. Como se alguém precisasse ler tudo isso.
Sinto como se eu estivesse entregando minha vida para duramente não viver.

Nenhum comentário: